Câmara e prefeitura sob investigação em Franco da Rocha
Lívia Sampaio
do Agora
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Quatro promotores de Justiça fizeram uma varredura ontem na prefeitura e na Câmara Municipal de Franco da Rocha (Grande SP). Com mandados de busca e apreensão, eles levaram documentos e discos rígidos de computadores dos 11 vereadores da Casa.
Dois secretários municipais também foram alvo da operação. Um deles tinha em seu gabinete R$ 52 mil, distribuídos em envelopes, e o outro, R$ 10.400.
O promotor Daniel Serra Azul Guimarães disse que a investigação começou há cerca de dois meses, após denúncias. "Há indícios de um esquema de corrupção na prefeitura e na Câmara que envolve pagamento periódico de valores a vereadores", afirmou. Três testemunhas já foram ouvidas, entre elas, um ex-vereador.
A Casa é formada por quatro vereadores do PSDB, dois do PV e dois do PT. Os partidos PSB, DEM e PTB possuem um representante cada um. A ação durou mais de quatro horas, das 11h às 16h30.
Outro objetivo das investigações é descobrir os mandantes do assassinato do ex-vereador Carlos Aparecido da Silva, o Carlinhos, 49 anos, executado com seis tiros na porta de sua casa em novembro do ano passado. Dois acusados de dar os disparos já estão presos, mas eles não informaram quem deu a ordem para matá-lo.
O ex-parlamentar estaria preparando um dossiê para denunciar um esquema de compra de vereadores em troca da aprovação de projetos da prefeitura.
A cidade possui um histórico de atentados contra políticos. O próprio Carlinhos, que teve os direitos políticos cassados por improbidade administrativa, foi alvo de uma tentativa de homicídio em 2001, quando presidia a Câmara Municipal.
Segundo o Ministério Público, anos atrás, um outro vereador foi assassinato e um terceiro ainda foi alvo de atentado, na época da concessão do transporte público. Empresários do setor também foram mortos.
A Câmara de Franco da Rocha disse que irá colaborar com as investigações.
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